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Glicose

Glicose

Como o exame é usado?

O exame de glicose é pedido para medir a quantidade de glicose no sangue no momento da coleta. É usado para detectar hiperglicemia e hipoglicemia, para ajudar o diagnóstico de diabetes, e para monitorar os níveis de glicose em pessoas com diabetes. A glicemia pode ser medida em jejum (após 8 a 10 horas de jejum), a qualquer hora (amostra aleatória), após uma refeição (pós-prandial) ou como parte de um teste de tolerância à glicose (curva glicêmica). Uma curva glicêmica é uma série de dosagens de glicose. É colhida uma amostra em jejum, e o paciente ingere uma solução padronizada de glicose para “provocar” seu organismo. Em seguida, são colhidas uma ou mais amostras em intervalos específicos para acompanhar os níveis de glicose no tempo. Uma curva glicêmica pode ser pedida para diagnosticar diabetes ou como acompanhamento de uma glicemia elevada.
A American Diabetes Association, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial recomendam uso de glicemia em jejum ou de uma curva glicêmica para o diagnóstico de diabetes, mas propõe que o exame seja feito duas vezes, em diferentes ocasiões, para confirmação do diagnóstico.
A maioria das gestantes é triada para diabetes gestacional, uma forma de hiperglicemia temporária que ocorre entre as semanas 24 e 28 de gravidez, usando uma forma de teste de tolerância à glicose, com colheita uma horas após a ingestão de uma solução padronizada de glicose. Se a glicemia em jejum ou em uma amostra aleatória estiver acima de valores estabelecidos, é feito o diagnóstico de diabetes gestacional e não são necessários outros testes. Se a glicemia de uma hora estiver acima do valor definido, é feita uma curva glicêmica mais longa para esclarecer o diagnóstico.
Diabéticos devem monitorar os próprios níveis de glicose, para controlar o uso de medicamentos orais e de insulina. Isso em geral é feito colocando uma gota de sangue de uma punção da pele sobre uma tira reagente, que é inserida em um glicosímetro, um pequeno aparelho que determina e mostra o nível de glicose no sangue.
Se houver suspeita de hipoglicemia, os níveis de glicose são usados como parte da “tríade de Whipple” para confirmar o diagnóstico. (Veja a seção “Há mais alguma coisa que eu devo saber?”).
A pesquisa de glicose na urina não costuma ser pedida isoladamente. Já foi usada para monitorar diabetes, mas foi substituída pela glicemia, que é mais sensível e representa melhor o estado do paciente no momento. A pesquisa de glicose na urina, entretanto, faz parte de urinálise, que pode ser pedida como parte de um exame de rotina ou pré-natal, quando o médico suspeita de uma infecção urinária, ou por diversas outras razões. Se houver glicose na urina, o médico pode pedir uma dosagem no sangue.

Quando o exame é pedido?


A dosagem de glicose no sangue pode ser usada para triagem de pessoas saudáveis e assintomáticas, porque diabetes é uma doença comum que começa com poucos sintomas. A triagem pode ocorrer em feiras de saúde pública ou como parte de programas de saúde no trabalho. Pode também fazer parte de um exame de saúde de rotina. A triagem é de importância especial em pessoas com risco maior de diabetes, como os que têm história familiar de diabetes e obesos com mais de 40 a 45 anos de idade.
O exame pode ser pedido também para ajudar o diagnóstico de diabetes em pessoas com sintomas de hiperglicemia, como:
  • Sede aumentada 
  • Volume urinário aumentado 
  • Fadiga 
  • Visão embaçada 
  • Infecções que custam a cicatrizar 
ou sintomas de Hipoglicemia, como: 
  • Sudorese 
  • Fome excessiva 
  • Tremores 
  • Ansiedade 
  • Confusão 
  • Visão embaçada 
A dosagem de glicose no sangue pode também ser feita em um ambiente de emergência, para determinar se glicemia alta ou baixa está contribuindo para sintomas como desmaio ou inconsciência. Se um paciente tem pré-diabetes (caracterizado por níveis de glicemia em jejum ou na curva glicêmica acima do normal mais abaixo dos definidos para diabetes), o médico pedirá exames periódicos para acompanhar o estado do paciente. Para diabéticos conhecidos, o médico pede os níveis de glicemia e outros exames, como hemoglobina glicada para monitorar o controle da glicose durante algum tempo. Às vezes, a glicemia pode ser pedida com insulina e peptideo C, para monitorar a produção de insulina.
Diabéticos devem autoexaminar sua glicemia, uma ou várias vezes por dia, para selecionar as opções de tratamento prescritas pelo médico.
Gestantes em geral são triadas para diabetes gestacional no final da gravidez, a não ser que tenham sintomas precoces ou tenham apresentado diabetes gestacional antes. Quando a gestante tem diabetes gestacional, o médico pede dosagens de glicose durante o resto da gravidez e após o parto, para acompanhar seu estado.
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